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18 de Abril de 2024

Por desconhecimento de lei, idosa fica 30 anos sem aposentadoria

Publicado por Perfil Removido
há 6 anos

Joaquina Morais Nery ficou viúva cedo, aos 38 anos. Em 1967, seu marido, Jerônimo Nery, faleceu, com um mal abrupto no coração, deixando a mulher e sete filhos. Desde então, a lavradora recebe a pensão pela morte do cônjuge. Em 1984, ao completar 55 anos, ela poderia, também, receber, cumulativamente, sua aposentadoria pelo trabalho rural, contudo, por desconhecimento da legislação, acreditou que perderia um dos benefícios. Nesta edição do Acelerar Previdenciário, em Iaciara, a idosa conseguiu o direito de receber os dois valores, de um salário mínimo cada.

A audiência foi realizada nesta quarta-feira (22), pelo juiz Fernando Marney Oliveira de Carvalho, lotado em Campos Belos, deslocado, exclusivamente, para atuar durante o mutirão desta semana. Ao conversar com a autora da ação, o magistrado considerou que, “mesmo com idade avançada e aparentes sinais de desgaste físico e mental”, ela apresenta “conhecimentos acerca da agricultura de subsistência”. A testemunha corroborou a alegação, ao afirmar que conhece Joaquina há 50 anos, sendo a maior parte dedicados à vida no campo.

Cadeirante, Joaquina sofre de artrose e osteoporose e precisa de cuidados contínuos, desempenhados pela filha Marlene. “Tem muitos anos que minha mãe sofre de dores. Ela estava usando um andador, mas não consegue mais se sustentar. A pensão que ela recebe é usada, praticamente inteira, para comprar remédios”, conta. Há cerca de sete anos, mãe e filha deixaram a zona rural para morar na cidade, onde há mais estrutura para cuidar da saúde da idosa.

Acelerar Previdenciário

O Acelerar Previdenciário abrange casos como esse, de pedidos junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que costumam ser numerosos e representam parcela considerável da demanda processual de comarcas do interior. A iniciativa começou nesta terça-feira (21), em Posse, passa por Iaciara e, nos próximos dias, é a vez de Alvorada do Norte (23) e Flores de Goiás (24) receberem a força-tarefa.

Apenas no primeiro dia do mutirão, em Posse, foram realizadas 171 audiências, com índice de 57% de autos sentenciados – para tanto, a equipe de servidores e magistrados trabalhou até às 23h30 no fórum local. Em Iaciara, a equipe segue o mesmo ritmo: foram 127 audiências designadas para cinco bancas. Participam os juízes Fernando Marney Oliveira de Carvalho (Campos Belos), Gustavo Costa Borges (Posse), Marcelo Alexander Carvalho Batista (Flores de Goiás), Pedro Piazzalunga Cesário Pereira (Cavalcante) e Yvan Santana Ferreira (Iaciara).

A expectativa é realizar, até o fim do evento, mais de 550 oitivas – todas de natureza previdenciária. Nesses quatro dias, devem passar mais de 1.5 mil pessoas pelos fóruns.

Fonte: TJGO

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21 Comentários

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Deixam acumular milhares de processos com informações de que o judiciário está inflamado de ações (que também está), mas os juízes muitas vezes não trabalham de sexta-feira, imendam diversos feriados, aí pegam uma vez ao ano fazem um mutirão trabalhando até mais tarde e querem ser digno de serem lembrados por essa data (claro que não serve a todos). Se trabalhassem normal muitas ações seriam julgadas mais rapidamente continuar lendo

Concordo Willian Cassio, e completo, não é só a partir da sexta-feira que emendam e sim semanas. Se trabalhassem pelo menos 04 dias na semana, não acumularia processos e antes da pessoa morrer, receberia o que tem direito. Eu tenho um processo de uma casa que o construtor colocou o dinheiro no bolso e se mandou, faz mais de um ano que está somente aguardando o juiz para dar a sentença, mas ele não pisa no tribunal e nem atendo telefone. continuar lendo

Eu mesmo conheci uma senhora de , na época 83 anos, que tinha direito de se aposentar aos 60 anos de idade e desconhecia completamente. Na época a carência era de 5 anos de trabalho e foi exatamente esse tempo que tinha em CTPS.

Existe um setor na Previdência Social chamado de *"PEP- Programa de Educação Previdenciária", bonito no papel mas na prática não funciona, cuja competência é de instruir os cidadãos dos seus direitos e deveres perante à Previdência Social.

*"link": http://www.previdência.gov.br/acessoainformacao/programaseacoes/pep-programa-de-educacao-previdenciaria/ continuar lendo

Meu caro, se a Previdência desejasse que o segurado recebesse o que de direito teria que receber, não precisaria dessa tal educação previdenciária. Até porque os próprios funcionários imbuídos da obrigação de tal orientação, desconhecem ou não conseguem interpretar nem mesmo a própria IN 77 (Instrução Normativa) e tampouco as Juntas Recursais o conseguem fazer. Pior ainda, foi quando eu constatei que a DPU do Paraná e a Câmara de Coordenação em Brasília, também não conseguem fazê-lo. Nossa Lei é confusa exatamente para que possamos alimentar milhares de juízes, advogados e parasitas. Ou você acha que se a Lei fosse bem redigida e perfeitamente clara, haveria espaço ou razões para que um plenário do STF chegasse a votações de seis contra cinco? Quem estaria errado, os seis ministros ou os outros cinco? Eu tenho casos previdenciários que são verdadeiros ultrajes ao direito e à dignidade da pessoa e que em casos e situações análogas, um juiz sentencia de um jeito e o outro de forma completamente diversa. continuar lendo

Essa previdência Social ,antigo INAMPS .Do INSS nada me deixa surpresa. continuar lendo

Concordo plenamente contigo Doralice, cada vez que busco alguma informação preciso de uma manhã ou uma tarde para saber se vou ter ou não a informação. O descaso é geral e os funcionários nunca sabem dar resposta corretas e acabam encaminhando o cidadão para lugares errados ou então dizem que precisamos de um advogado que nos represente junto ao INSS. Péssimo atendimento, mal educados, atendem quando estão afim, deixam as pessoas esperando sem necessidade. Falta supervisão no trabalho da ponta ou a supervisão é conivente com este descaso.Um mal necessário. continuar lendo

#BolsoMitoPresidente vêm aí!!! continuar lendo